
Alimentação fora do lar exige atenção do consumidor para evitar contaminações
Especialista da ACN Nutrição dá dicas de como as pessoas podem se proteger e alerta para detalhes que podem ser observados em restaurantes, pizzarias, lanchonetes ou padarias.
Um hábito que tem crescido entre os brasileiros é a alimentação fora de casa. Seja por praticidade, ou falta de tempo, essa tem sido uma opção que já é rotina entre as pessoas. De acordo com pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística os gastos com alimentação fora de casa já representam 31% do orçamento das famílias. Para evitar contaminações em restaurantes ou lanchonetes é fundamental que os consumidores estejam atentos a alguns detalhes importantes.
Simone Galvão, diretora da ACN Nutrição, empresa que oferece consultoria na adequação de estabelecimentos de alimentação, faz um alerta para alguns cuidados que podem ser observados em relação ao armazenamento dos alimentos em restaurantes, padarias, lanchonetes e demais locais que ofereçam alimentação.
De acordo com ela um dos erros mais comuns se refere à higienização dos hortifrútis que, em muitos casos, são apenas lavados e não passam pelo processo de desinfecção, etapa responsável pela eliminação ou redução, para uma quantidade que não resulte em contaminação, de microrganismos presentes nas frutas, verduras e legumes. Outro aspecto que exige a atenção dos consumidores se refere à temperatura dos alimentos. “As pessoas precisam observar, por exemplo, se as estufas dos salgados estão ligadas e se as saladas estão mantidas em balcões refrigerados. Essas são situação que podem ocasionar uma intoxicação alimentar, já que a temperatura ambiente é ideal para a proliferação de bactérias”, alerta a especialista.
Simone explica que os consumidores precisam estar atentos à rotulagem de todos os produtos expostos em uma padaria, por exemplo. Eles devem conter no mínimo a data de fabricação e validade. “Outros detalhes também tornam o ambiente mais seguro. As pessoas podem observar se o estabelecimento possui profissional da área na Nutrição atuando, mesmo que não seja diariamente, e se há algum funcionário fazendo controle da temperatura dos equipamentos”, ressalta.
Quando o consumidor se alimenta em um local que não segue as normas de segurança alimentar podem ocorrer casos de DTA – Doença Transmitida por Alimento. A diretora da ACN Nutrição ressalta que as consequências em função dessas enfermidades podem ser leves, ou graves, dependendo do grau de contaminação e do estado de saúde da pessoa. “Crianças, idosos e pessoas com a saúde debilitada são as mais afetadas. Dependendo da contaminação do alimento o caso pode até evoluir a óbito”.
Consultoria em estabelecimentos de alimentação – Todos os estabelecimentos que oferecem alimentação precisam seguir procedimentos de controle de qualidade para garantir a segurança e atender a legislação vigente, fiscalizada pelo órgão de Vigilância Sanitária. Os cuidados fazem parte de toda a cadeia produtiva e devem ser monitorados desde a compra da mercadoria até a entrega do produto final ao cliente. São exemplos desses processos os controles no recebimento de mercadorias, higiene pessoal dos manipuladores de alimentos, higienização ambiental, dentro outros.
Outro item que merece atenção é o armazenamento dos alimentos. Todos eles precisam estar identificados, principalmente os que já foram manipulados. Uma etiqueta ajuda a controlar a validade e a identificar o alimento. Simone Galvão explica que todos esses cuidados evitam a contaminação dos alimentos e uma eventual autuação do estabelecimento pelos órgãos fiscalizadores.