
Dieta cetogênica para tratamento da epilepsia fármaco-resistente
Apesar do uso adequado de múltiplos anticonvulsivantes, 10 a 30% das crianças com epilepsia continuarão a ter convulsões.
Tal manejo vem sendo utilizado para o tratamento de casos de epilepsia fármaco-resistentes desde a década de 20.
Acredita-se que um nível consistente e alto de cetose no sangue é importante para obter resultados convulsivos favoráveis durante o uso da dieta.
Além disso, nos estudos que compararam a dieta cetogênica clássica com a dieta Atkins modificada, que também limita o uso de carboidratos, mas, ao contrário da dieta cetogênica, não restringe o uso de calorias ou proteínas, foi observado que ambas tiveram eficácia semelhante na realização do controle do número de crises convulsivas.
No entanto, os autores não recomendam a utilização da dieta Atkins modificada como escolha primária para o tratamento da epilepsia refratária em crianças menores de dois anos.
Pode-se concluir dos estudos atuais que a dieta cetogênica é efetiva no tratamento da epilepsia fármaco-resistente; a dieta Atkins modificada pode ser uma opção para tal condição clínica.
Referências:
KIM, J. A. et al. Efficacy of the classic ketogenic and the modified At kins diets in refractory childhood epilepsy. Epilepsia, v. 57, n. 1, p. 51-58, 2016.
NEAL, E. G. et al. A ran domized trial of classical and medium-chain triglyceride ketogenic diets in the treatment of childhood epilepsy.Epilepsia, v. 50, n. 5, p. 1109-1117, 2009.