
Vitamina D: uma aliada à saúde.
A vitamina D é obtida pelos alimentos (10% da dieta contribui para sua produção) e pela exposição solar, que contribui com 90% de sua produção.
As principais fontes alimentares de vitamina D são: óleo de fígado de bacalhau, peixes (sardinha, atum, salmão selvagem), fígado bovino e gema de ovo. O leite e seus derivados, desde que fortificados com a vitamina D, também são considerados fontes.
Além de exercer ações na manutenção óssea (prevenção da osteoporose) e na regulação do metabolismo do cálcio e do fósforo, a vitamina D desempenha inúmeros efeitos no organismo, e, por essa razão, tem sido considerada como um hormônio. Receptores para a vitamina D são encontrados em muitos órgãos, tais como fígado, pâncreas, cérebro, pulmões, mamas, pele, músculos e tecido adiposo. Portanto, níveis séricos de vitamina D adequados têm sido associados à prevenção de câncer, diabetes mellitus, doenças autoimunes, respiratórias e cardiovasculares.
A exposição solar de 25% de área não coberta (face, pescoço, mãos e braços) por 15 a 20 minutos fornece aproximadamente 3.000 UI. Mas isso vai depender de algumas condições, tais como a latitude, pigmentação da pele, poluição atmosférica, estação do ano, uso de filtro solar, idade, estado nutricional, uso de medicamentos, etc.
Todas as pessoas devem fazer o exame da vitamina D? Não. Existem alguns fatores de risco para deficiência da vitamina, portanto, pessoas que se encaixam nesses fatores devem realizar o monitoramento do nível sanguíneo. São eles: má absorção intestinal (doença celíaca, fibrose cística e doença inflamatória intestinal); ainda, o uso de certos medicamentos (anticonvulsivantes, corticoides e imunossupressores usados em pacientes transplantados), idade avançada e causas genéticas. Pessoas obesas, lactentes, gestantes, lactantes, com cor negra, também necessitarão do monitoramento da vitamina D. Portanto, deve-se fazer a dosagem da vitamina apenas nas pessoas com risco da deficiência.
Como tratar a deficiência? O tratamento é feito com o uso da suplementação da vitamina, que pode ser prescrita por um nutricionista.
Como prevenir a deficiência? Não há, até o momento, um limite seguro de exposição solar que não expõe o indivíduo ao risco de câncer de pele. Aliás, a síntese da vitamina vai depender da cor do indivíduo, do horário e tempo de exposição solar, dentre uma série de fatores que podem interferir na produção da vitamina D. Para manter os níveis de vitamina D adequados, você necessita ter uma alimentação rica em vitamina D, além do cálcio, fósforo e magnésio; além disso, você pode tomar sol cerca de 20 a 30 minutos diários. Não tome suplemento de vitamina D sem necessidade, pois pode ocorrer intoxicação! Procure um nutricionista que ele verifica se sua alimentação está adequada em vitamina D!
Texto escrito pela Nutricionista parceira da ACN Nutrição Ane Cristina Fayão Almeida(CRN-3 49.480). Nutricionista. Doutora em Ciências no programa Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Mestre em Atenção à Saúde pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário do Triângulo e Nutrição Geriátrica (CIAPE).
Referências:
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